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Caroline Martins

Gestão de riscos: tipos de ameaça





A estratégia internacional para a redução de risco e desastres da ONU, UNISDR3, vem desenvolvendo um glossário de terminologia sobre redução de risco e desastres desde 2002, cuja última versão, revisada e atualizada, data de dezembro de 2016.


De acordo com a ONU, ameaça é o dano potencial de um evento físico, fenômeno ou atividade humana que pode causar a perda de vidas ou ferimentos, danos à propriedade, perturbação econômica e social ou degradação ambiental.


As ameaças podem incluir condições latentes, que podem representar perigos futuros e podem ter diversas origens: natural (geológico, hidrogeológico e biológico) ou induzido por processos humanos (degradação ambiental e ameaças tecnológicas).


A ameaça pode ser apenas uma, sequencial ou combinada na sua origem e efeitos. Cada ameaça está caracterizada por sua localização, intensidade, frequência e probabilidade.


Alguns exemplos de ameaça são:


• Ameaça biológica: processo ou fenômeno de origem orgânica ou transportado por vetores biológicos, incluindo microrganismos patogênicos, toxinas e substâncias bioativas.


• Ameaça ambiental: processo no ambiente que ocorre naturalmente, como terremotos ou tufões, ou por causa do homem, como desarranjos endócrinos e poluição.


• Ameaça geológica: processo ou fenômeno geológico que pode causar danos sobre o ambiente e a sociedade. Inclui processos internos da terra, como terremotos, e processos da superfície, como movimentos de massa.


• Ameaça de origem humana: processo induzido inteira ou predominantemente por humanos. São também conhecidas como “ameaças antropogênicas”. Inclui ameaças tecnológicas e socionaturais.


• Ameaças naturais: processos ou fenômenos naturais que podem causar perda de vidas, ferimentos ou outros impactos à saúde, danos à propriedade, perda de recursos e serviços de subsistência, perturbações sociais e econômicas ou danos ambientais.


• Ameaças socionaturais: são ameaças causadas por uma combinação de fatores naturais e antropogênicos, incluindo degradação ambiental, mudanças climáticas e outras.


• Ameaças tecnológicas: são ameaças originadas de condições tecnológicas ou industriais, incluindo acidentes, processos perigosos, falhas de infraestrutura ou atividades humanas específicas. A vulnerabilidade indica condições determinadas por fatores ou processos físicos, sociais, econômicos e ambientais, os quais incrementam a fragilidade de uma pessoa, sistema ou comunidade, ao impacto das ameaças.


Em contraste com a vulnerabilidade, o termo “capacidade” refere-se aos fatores que incrementam a capacidade das pessoas para lidar e superar as ameaças. Trata-se da combinação de todas as fortalezas, os atributos e os recursos disponíveis dentro de uma comunidade, sociedade ou organização para gerenciar e reduzir os riscos e fortalecer a resiliência.


A capacidade de resposta, ou coping, é a capacidade das pessoas, organizações e sistemas, usando suas habilidades e recursos disponíveis, para gerenciar condições adversas, riscos ou desastres. O coping requer contínuo conhecimento, recursos e boa gestão, tanto em tempos normais como durante as crises.


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