É crescente o uso da bioenergia para a redução de gases de efeito estufa. No entanto, muitos países ainda utilizam a queima de derivados da biomassa de forma rudimentar, o que contribui para emissão de poluentes, especialmente nas áreas rurais de países em desenvolvimento, trazendo consequências para a manutenção da saúde pública das populações diretamente afetadas e potencializando o processo de aquecimento global.
Para compreender esse dilema entre os aspectos da sustentabilidade ou não da bioenergia, é importante a diferenciação no uso da biomassa tradicional, resultante de desmatamentos, e não sustentável; e a moderna, sustentável, com perdas menores de energia em relação à tradicional.
Além da produção de energia através da queima da lenha, entre outras finalidades, a bioenergia inclui como biocombustíveis o etanol, utilizado no funcionamento de veículos, os resíduos da cana e outros vegetais destinados à geração de energia industrial (termelétricas), o carvão vegetal, gerado a partir do reflorestamento em siderurgia, e outras tecnologias e usos associados.
Conforme os dados do balanço energético nacional, do total da oferta interna de energia no Brasil, em 2016, 17,5% resultaram de produtos da cana-de-açúcar (biomassa da cana) e 8% de lenha e carvão vegetal. Nesse mesmo ano, as biomassas contribuíram com 8,2% de oferta interna de energia elétrica (EPE, 2017).
No Brasil, destaca-se a produção de etanol, a partir da cana-de-açúcar, e de biodiesel, obtido principalmente da soja, utilizados no abastecimento de veículos e máquinas. A queima de carvão vegetal em caldeiras e outros usos, incluindo o doméstico, também é significativa, assim como as centrais termelétricas a partir da biomassa, principalmente no estado de São Paulo, que concentra o setor sucroalcooleiro.
Novas tecnologias de geração de energia e energia elétrica a partir da biomassa estão em desenvolvimento, atestando o potencial de aproveitamento da bioenergia nas próximas décadas.
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