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Caroline Martins

Como mobilizar comunidades da AID?



Os grupos sociais interagem entre si em razão de objetivos e interesses comuns, formando comunidades. A mobilização das comunidades é uma reunião de esforços, fatores ou recursos para colocar em prática esses interesses comuns, que podem ser projetos sociais, programas de educação ambiental, desenvolvimento territorial, turismo sustentável, dentre outros.


Comunidades da AID no Licenciamento Ambiental


Quando pensamos em empreendimentos ou atividades e no processo de Licenciamento Ambiental para autorização de sua operação, leva-se em consideração as comunidades que residem próximas ao local e que podem sofrer impactos diretos, a chamada Área de Influência Direta (AID).


Os grupos sociais desempenham influência no processo de Licenciamento Ambiental, pois podem tanto apoiar como contestar a implantação de determinado projeto.


Sendo assim, o empreendedor deve estar aberto ao relacionamento com a comunidade de entorno, prezando a transparência no diálogo, o respeito à cultura local e ações para minimizar os impactos da sua operação.


Diagnóstico Socioambiental Participativo com a AID


Estudos que compõem o Licenciamento Ambiental, como o Programa de Educação Ambiental (PEA) e o EIA (Estudo de Impacto Ambiental), demandam esforços de mobilização por parte do empreendedor para a realização do Diagnóstico Socioambiental Participativo com o público residente na Área de Influência Direta.

Esses diagnósticos podem se utilizar de reuniões com técnicas participativas, ações lúdicas e dinâmicas que buscam construir uma visão coletiva da realidade local e buscam solucionar problemas e explorar potencialidades. Mas se não houver a participação da população envolvida, de nada adianta o planejamento.

Mas como fazer essa mobilização com a comunidade da AID e estimular a participação?


Se você quer começar essa etapa de mobilização, aqui vão alguns pontos importantes para ter em mente!


1) Identificar as lideranças locais


A mobilização social envolve a identificação de lideranças locais. E quando falamos em lideranças, não estamos nos referindo apenas àquelas pessoas que ocupam formalmente cargos de direção em entidades ou associações.


Existem também aquelas pessoas que são formadoras de opinião, ou seja, aquelas pessoas que influenciam o modo de pensar e se comportar dos grupos sociais. Chegar até as pessoas certas, aumenta as chances de sucesso na mobilização.


2) Considerar as características de cada lugar


As diferenças regionais e as características de cada lugar precisam ser levadas em conta na hora da mobilização. A observação dos aspectos culturais pode fazer toda diferença para traçar estratégias de mobilização.


Quando consideramos uma comunidade rural e uma urbana, por exemplo, sabemos que as estratégias não podem ser as mesmas.


3) Estimular os grupos sociais


Muitas vezes é preciso alinhar expectativas da comunidade e saber lidar com a ansiedade por resultados imediatos. Sabemos que mudanças exigem planejamento para que a execução ocorra de forma esperada.

Por isso, é necessário saber lidar com essa ansiedade e planejar os projetos de forma a ter pequenos resultados que estimulem o grupo de forma continuada. É preciso ter um planejamento de médio e longo prazo para alimentar o processo de mobilização.


O papel de um facilitador, ou seja, de alguém experiente do grupo que faça o planejamento, é de fundamental importância para que a estratégia alimente os interesses de todos e mantenha o grupo unido. O facilitador deve ter a capacidade de enxergar e trabalhar os interesses divergentes, de modo que todos fiquem unidos.


4) Mapear os meios de comunicação


Alguns locais contam com jornais e rádios comunitárias ou redes sociais que a comunidade utiliza. O meios de comunicação podem ser bons aliados na hora da mobilização.


5) Realizar atividades que explorem potencialidades locais


O ponto de partida para estimular a mobilização é identificar os interesses coletivos mais importantes para as pessoas envolvidas no grupo. Para isso, deve-se fazer um reconhecimento inicial da AID e conversar com o público envolvido.


Outra forma de estimular a mobilização é partir das potencialidades de cada comunidade para fortalecê-las. Através da identificação de um potencial produtivo, é mais fácil estimular a participação das pessoas na discussão de assuntos que podem desenvolver sua comunidade.


Ou seja, em vez de se unir para discutir os problemas de falta de infraestrutura da comunidade, reunir-se para discutir as potencialidades daquela comunidade, que vão alavancar e fortalecer o grupo.


6) Convocar a comunidade para reuniões participativas e democráticas


Esqueça aquele modelo de reunião aonde todos permanecem sentados e uma só pessoa fala. Transforme as reuniões em algo prazeroso, estimulando a participação e o lado lúdico das pessoas.


Devemos tornar a reunião uma situação agradável, onde as pessoas sintam-se estimuladas a participar, sem negar os conflitos que eventualmente possam existir. Para isso, utilize técnicas participativas e dinâmicas.


Precisa realizar um Diagnóstico Socioambiental Participativo ou melhorar o seu Relacionamento com a Comunidade? Clique AQUI e saiba como podemos te ajudar!

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